OAB impetra habeas corpus no STF em defesa das prerrogativas da advocacia

A OAB Nacional, juntamente com a OAB-DF, impetrou no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (29), um habeas corpus com pedido de medida liminar em favor dos advogados dos investigados no inquérito que trata da fake news, esquema de impulsionamento de informações falsas e ataques às instituições. O Inquérito tem a relatoria do ministro Alexandre de Moraes e tramita sob segredo de justiça.

De acordo com a petição, os advogados constituídos relataram que tiveram o direito de acesso aos autos negado. “São, portanto, três tentativas de acesso aos autos sem que se obtenha êxito, o que implica num indeferimento tácito por parte do eminente relator, uma vez que ao advogado é conferida a garantia de ter acesso integral e instantâneo, no interesse do seu representado, aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência, digam respeito ao exercício do direito de defesa”, aponta trecho da peça.

A OAB argumenta sobre a necessidade de resguardar o exercício da advocacia e salvaguardar as garantias constitucionais da ampla defesa e do contraditório (artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal), imprescindíveis ao Estado Democrático de Direito. “O acesso aos autos é prerrogativa da advocacia. E prerrogativa da advocacia não se relativiza a depender do tema da investigação”, afirma o presidente da OAB Nacional, Felipe Santa Cruz.

“Finalizando, ressalte-se que a Ordem dos Advogados do Brasil bem compreende e reforça, pelo que aparece na imprensa, a importância das investigações e a necessidade de se preocupar com o valor e respeito às instituições democráticas, mas é necessário resguardar as garantias no tocante as regras do jogo são claras e garantem à advocacia o exercício profissional, no caso em apreço a prerrogativa de acesso aos autos” destaca a petição.


Confira a íntegra da petição 

 

 

Nota oficial em defesa do Exame de Ordem e da qualidade profissional

A Diretoria do Conselho Federal e o Colégio de Presidentes de Seccionais da OAB vêm, por meio da presente nota oficial, manifestar sua mais absoluta indignação e repudiar as acusações infundadas feitas pelo excelentíssimo presidente da República na manhã desta sexta-feira (29).

Ao afirmar que o Exame de Ordem é um “caça-níquel muitas vezes”, o mandatário da nação demonstra completo desconhecimento das finalidades da Lei nº 8.906/1994 e desinformação sobre os requisitos necessários ao exercício da profissão da advocacia, tão importante para a cidadania e a justiça.

É importante esclarecer que o Exame de Ordem vem sendo aplicado desde 1994 e foi declarado constitucional, de forma unânime, pelo Supremo Tribunal Federal. Trata-se de etapa indispensável a qualquer bacharel que deseje exercer plenamente, e com o mínimo de condições técnicas, as atribuições da profissão.

Sua legalidade decorre do art. 8°, inciso IV, da Lei 8.906/94, o qual estabelece que, “para inscrição como advogado, é necessária a aprovação em Exame de Ordem”. Tal dispositivo se coaduna com o artigo 5º, inciso XIII, da Constituição Federal, que disciplina ser "livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”.

Diferentemente do que foi mencionado pelo presidente da República, o Exame não exerce, nunca exerceu e jamais exercerá função arrecadatória. Pelo contrário, o certame atualmente é aplicado em aproximadamente 180 cidades do Brasil, com a isenções previstas em lei, sem nenhum recurso público e com valores módicos, similares aos praticados em concursos pelos órgãos governamentais.

O Exame de Ordem tem a finalidade exclusiva de atestar a capacidade jurídica dos examinandos, evitando possíveis e muitas vezes irremediáveis prejuízos a terceiros. Foi concebido para a proteção do cidadão contra aqueles que não lograram conquistar condições básicas de conhecimento para o exercício profissional da advocacia – que é essencial à Justiça, conforme dispõe a Constituição em seu artigo 133.

Vale salientar que a exigência de preparação mínima se faz ainda mais urgente diante da falta de critérios adequados para impedir a proliferação indiscriminada de cursos de Direito no país. Atualmente, são mais de 1.700, muitos deles com aproveitamento mínimo no Exame de Ordem, o que reitera a necessidade de sua manutenção, inclusive como forma de fomentar a melhoria da qualidade do ensino jurídico. Aliás, o Exame tem sido objeto de anseio de outros conselhos profissionais, em especial na área da saúde, na busca pela valorização das instituições voltadas à educação que prestam um serviço digno e de qualidade, a fim de preservar vidas e direitos.

A Ordem dos Advogados do Brasil defenderá a manutenção do Exame de Ordem como ferramenta de defesa da sociedade, o qual também vem sendo reivindicado por tantos outros conselhos profissionais, em especial na área da saúde, como forma de valorizar as instituições de ensino que prestam um serviço educacional digno e de qualidade, assim como preservar direitos, vidas e respeito à sociedade, impedindo o “estelionato educacional” em muitos locais do nosso Brasil.

 

 

“ESA ao Vivo” realiza live internacional sobre contratos e covid-19

A Escola Superior de Advocacia Nacional (ESA Nacional) promoverá uma live internacional com um dos maiores juristas italianos e professor da Universidade de Sapienza, Guido Alpa, e o advogado, professor titular de Direito Civil e ex-diretor da Faculdade de Direito da UERJ, Gustavo Tepedino. O tema tratado será “Modificação e resolução dos contratos e a Covid-19 sob uma perspectiva ítalo-brasileira”.

A transmissão será realizada no dia 11 de junho, às 10h, pelo Instagram oficial da ESA Nacional (@esanacional) e contará com tradução simultânea. A live faz parte do projeto “ESA ao Vivo”, que oferece conteúdo de qualidade em um formato descontraído e traz temas relevantes com interesse prático para toda a advocacia.

 

 

 

OAB mantém o teletrabalho de servidores, colaboradores e terceirizados até o dia 10 de junho

A diretoria da OAB Nacional publicou, nesta sexta-feira (29), a Resolução n. 27/2020, que dispõe sobre a prorrogação da dispensa da jornada de trabalho presencial de servidores do Conselho Federal até o dia 10 de junho, bem como de demais colaboradores e terceirizados. Os setores de funcionamento indispensável devem manter um servidor em regime de plantão, com a necessária observação dos protocolos de segurança sanitária.

A decisão é mais uma medida adotada pela OAB Nacional visando à contenção, prevenção e redução dos riscos de disseminação e contágio do coronavírus, de acordo com as orientações das autoridades sanitárias.

Confira a íntegra da Resolução n. 27/2020

Veja abaixo os endereços eletrônicos da OAB Nacional:

 

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Controladoria: jones@oab.org.br

Corregedoria: corregedoriageral@oab.org.br

Escola Nacional de Advocacia: esanacional@oab.org.br

Eventos: eventosoab@oab.org.br

Exame de Ordem: cfoab.exame@oab.org.br

Financeiro: gof@oab.org.br

Gabinetes da Presidência/Diretoria: presidencia@oab.org.br

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Informática: ti@oab.org.br

Internacional: ri@oab.org.br

Legislativo: cal@oab.org.br

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Primeira Câmara: pca@oab.org.br

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Enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes é tema de debate na Ordem

A OAB Nacional promoveu, nesta sexta-feira (29), o "Diálogo sobre os 20 anos do Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual de Crianças e Adolescentes e a Rede de Atendimento - realidade atual do Brasil e de Portugal - O Direito à Proteção - Adoção e o Direito e a família". Na abertura do evento, que foi transmitido por meio do canal oficial da OAB Nacional no YouTube, o vice-presidente da Ordem, Luiz Viana, pregou serenidade para enfrentamento da pandemia e falou sobre a questão do abuso sob o ponto de vista do isolamento social derivado dessa situação.

"Tenho acompanhado o aumento da violência doméstica nesse período de pandemia e de isolamento social. Porém, este é apenas um momento de uma história que temos na nossa sociedade. Crianças e adolescentes merecem toda a nossa proteção e auxílio para que haja um fortalecimento da sociedade civil no sentido da proteção e defesa delas e do ambiente familiar saudável que possa acolher a todos com as mais diversas formas de família que temos na contemporaneidade", disse ele.

A presidente da Comissão Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CNDDCA), Glícia  Salmeron, destacou o apoio que tem recebido para tratar dos temas relacionados à infância e adolescência. "O Conselho Federal tem, sem pestanejar, não apenas contribuído, mas defendido avanço com essa pauta diante do compromisso que temos com o futuro da nossa nação. Exatamente por isso que, a partir de 2020, toda a diretoria e conselheiros federais aprovaram a criação da comissão permanente de defesa dos direitos da criança e do adolescente. Isso foi um avanço histórico para nós que militamos e trabalhamos não só no campo da criança e do adolescente, mas em todas as áreas afins, como direito de família, ambiental e todos os ramos do direito que na verdade fazem esse diálogo transversal que é fundamental. Precisamos pensar a infância e a adolescência com a perspectiva de interagir com todas as outras pautas", declarou ela.

Ao longo da tarde, foram realizadas diversas sessões dentro do evento para tratar de diferentes temas. A integrante da comissão, Ana Carolina Costa Castro, foi mediadora da discussão do tema Reflexão sobre o ECA e o papel dos Conselhos dos Direitos, com explanação da presidente do Conanda, Iolete Ribeiro da Silva.

Em seguida, a psicóloga portuguesa Sónia Pires de Lima Rodrigues e a assistente social Karina Ferreira falaram sobre o tema o Sistema de Proteção Infanto-Juvenil, em Situação de Maus Tratos e Abuso Sexual contra Crianças no Brasil e em Portugal. A sessão teve mediação da presidente da CNDDCA.

Adoção e Destituição familiar foi o tema da terceira sessão de debates com a participação da psicóloga Gisele Groeninga e do juiz de direito do Mato Grosso do Sul, Fernando Moreira Freitas da Silva. A sessão foi mediada pela secretária adjunta da CNDDCA, Silvana Monte.

A quarta sessão reuniu o assessor institucional do Serviço Franciscano de Solidariedade (SEFRAS), Fábio Paes, e a presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada da OAB, Daniela Borges, para debate do tema acolhimento institucional e destituição do vínculo materno decorrente da violência doméstica. Esta sessão foi mediada pela secretária da CNDDCA, Luiza Simonetti.

Thais Nascimento Dantas, advogada do Instituto Alana e vice-presidente da comissão de Direitos Infanto-juvenis da OAB-SP fez o encerramento evento. O "Diálogo sobre os 20 anos do Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual de Crianças e Adolescentes e a Rede de Atendimento - realidade atual do Brasil e de Portugal - O Direito à Proteção - Adoção e o Direito e a família" está disponível para acesso do público por meio do canal oficial da OAB Nacional no YouTube.