Vice-presidente representa OAB Nacional em posse de ministro no STJ

Brasília – Claudio Lamachia, vice-presidente nacional da OAB, representou a entidade nesta quarta-feira (30) durante a solenidade de posse do desembargador Marcelo Navarro como ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Navarro assume a vaga de Ari Pargendler, que aposentou-se da magistratura. Além de Lamachia, a mesa de honra contou com o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL); com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; com os presidentes do STJ, Francisco Falcão, e do STF, Ricardo Lewandowski; e do vice-procurador-geral da República Mário Ferreira. Posses de magistrados no STJ não contemplam fala do empossado, apenas o juramento oficial do novo ministro. (DG)

Audiência Pública debate trabalho da Comissão da Verdade da Escravidão

Brasília – Os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade sobre a Escravidão Negra no Brasil da OAB foram debatidos pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (30). Os parlamentares ficaram a par das atividades do grupo, que desde o ano passado elabora relatório sobre os crimes perpetrados durante tantos anos no Brasil. Segundo o presidente da Comissão, Humberto Adami, os trabalhos são pautados por três eixos: quais foram os crimes cometidos durante a escravidão, por que eles foram praticados e suas circunstâncias, como local e data. O grupo é dividido entre a elaboração de uma bibliografia e o levantamento de provas concretas. Para o advogado, a construção da história brasileira foi apagada. Na tentativa de resgatá-la, a Comissão da Verdade já tem representação em 12 Estados. “Temos que celebrar nossos ancestrais, fazer o negro se sentir representado na sociedade brasileira”, disse. A Comissão apresentará relatório parcial em novembro deste ano, ficando para 2016 o documento finalizado. Além de Adami, participaram da audiência Ivone Ferreira Caetano, desembargadora; Wilson Prudente, procurador; José Antônio Ventura, presidente da Confederação Nacional Quilombola; Maurício Pestana, secretário municipal de promoção da igualdade racial de São Paulo; e Gabriel Sampaio, secretário de assuntos legislativos do Ministério da Justiça. O requerimento para a audiência pública foi feita pela deputada Rosangela Gomes (PRB-RJ) e aconteceu na Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Diversos parlamentares participaram do encontro, elogiando a iniciativa da OAB de buscar resgatar a história do país.   Audiência Para Gabriel Sampaio, do Ministério da Justiça, o resgate da memória sobre o período da escravidão nos ajudará a explicar, por exemplo, um reflexo dele: a mortalidade da juventude negra do país. A desembargadora Ivone Ferreira explicou que a cultura escravocrata continua até hoje. Segundo ela, uma das razões do preconceito é pela falta de conhecimento da história. “Ter a pele negra nesse país é matar cinco leões por dia”, disse. Maurício Pestana, da Secretaria Municipal de Integração Racial de SP, afirmou que o trabalho da Comissão se faz necessário para que as conquistas da população negra continuem avançando. José Antônio Ventura alertou para a pouca atenção dada no Brasil à população quilombola. Por fim, o procurador Wilson Prudente explicou a importância da Comissão da Verdade para a superação de episódios históricos traumáticos. Ele ainda comentou que o grupo da OAB criticará no relatório o envolvimento de governantes brasileiros e portugueses no tráfico de africanos, além de derrubar mitos sobre o período, como o de que a escravidão foi legal. “O Brasil vivie assustado pelo fantasma da escravidão, precisamos exorcizá-lo”, disse.

90 Dias Contra a Corrupção: É urgente criminalizar o caixa 2

Brasília – A criminalização do caixa 2 de campanhas eleitorais é um dos passos primordiais para o combate à corrupção no Brasil. Somente com riscos de penas reais para quem praticar tal delito será possível se evitar que recursos não contabilizados sejam utilizados por partidos e candidatos nas campanhas. Bandeira da OAB, a luta pela criminalização do caixa 2 faz parte da campanha 90 Dias Contra a Corrupção, que defende a aprovação de projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional estabelecendo inclusive penas de reclusão para quem cometer o crime. “Essa é uma medida urgente, que deve estar presente nos debates do Congresso e no dia a dia da população”, afirmou o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho. “O recebimento de recursos por candidatos, sem que ocorra a devida contabilização, contamina os mandatos e esgota a energia cívica que deve motivar a atuação pública. É necessário que o caixa 2 deixe de ser motivo e argumento de defesa em processo penal e passe a ser um crime específico em nosso país”, continuou. Ele ainda destacou que, com o eventual fim do financiamento empresarial, casos de caixa 2 serão facilmente identificados. "Sem investimento dos empresários, o caixa 2 ficará visível a olho nu. Quem fizer campanha milionária é porque está usando tal expediente". A campanha '90 Dias' da OAB vai até 9 de dezembro – Dia Internacional de Combate à Corrupção – e serve como forma de pressionar o poder público para que aprove leis (como a criminaliza o caixa 2) e tome medidas efetivas contra ilícitos ainda neste ano. Acompanhe a campanha 90 dias Contra a Corrupção pelas redes sociais. Curta a página da OAB no Facebook e siga no Twitter e no Instagram. Utilize #90DiasContraCorrupção em suas postagens.