OAB Nacional e Seccional goiana acompanham júri de acusados de mandar bomba a advogado

Brasília (DF) e Goiânia (GO) – Por determinação do presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, o presidente da Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia da OAB, Cassio Telles, está em Goiânia nesta quinta-feira (30) onde acompanha o júri dos acusados de ter enviado pacote com uma bomba para o advogado Walmir Oliveira da Cunha, em julho de 2016. 

“O Conselho Federal da OAB segue com o compromisso inarredável de acompanhar de perto os casos de violações de prerrogativas da advocacia, sobretudo aqueles que envolvam algum tipo de violência, exatamente para tomar as medidas corretas, exemplares e adequadas. A Seccional goiana da Ordem, desde que tomou conhecimento do fato, agiu de imediato para elucidar os acontecimentos e, posteriormente, comunicou o Conselho Federal. Reafirmamos os compromissos com a plenitude, independência e efetividade do direito de defesa que a advocacia exerce em favor da sociedade”, aponta Cassio Telles.

Os presidentes da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB Goiás, David Costa, e da Comissão de Acompanhamento Forense da Seccional, Fabrício Britto, também estão na sessão que acontece no Fórum Criminal de Goiânia desde às 8h30 desta quinta-feira. O vice-presidente da OAB Goiás, Thales José Jayme, é assistente da promotora de Justiça que fará a acusação, Renata Oliveira.

Para David Costa, “a advocacia é o pilar e defensora do estado democrático e não pode sofrer qualquer tipo de atentado”. Fabrício Britto, por sua vez, ressalta que “a OAB lutará incansavelmente contra todo e qualquer tipo de ameaça contra a vida de Advogados e seus familiares”. 

Coordenação Nacional

Recentemente, na sessão do Conselho Pleno da OAB Nacional realizada no início de agosto, foi informada a criação de uma Coordenação de atuação nacional para buscar identificar as possíveis causas da crescente onda de violência que assola a advocacia, causando – inclusive – dezenas de assassinatos diretamente ligados ao exercício profissional.  


*Com informações da Assessoria de Imprensa da OAB Goiás


OAB presente à posse de Og Fernandes e Mauro Campbell no TSE

Brasília - O vice-presidente do Conselho Federal da OAB, Luís Cláudio Chaves, prestigiou na manhã desta quinta-feira (30) a posse de Og Fernandes e Mauro Campbell como ministro efetivo e ministro substituto, respectivamente, do Tribunal Superior Eleitoral. Chaves representou o presidente da Ordem, Claudio Lamachia. 

Og Fernandes assume a vaga deixada por Napoleão Nunes Maia Filho, enquanto Campbell assume o posto de substituto no lugar de Og. Na solenidade, a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, deu as boas-vindas aos dois colegas chamando a atenção para o fato de ambos integrarem o Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Esse registro atesta a qualificação dos ministros Og Fernandes e Mauro Campbell e mostra o quão enriquecido está o Tribunal Superior Eleitoral”, ressaltou a ministra. 

O ministro Og Fernandes destacou a emoção de um juiz de carreira como ele chegar a um ponto tão alto quanto o Tribunal Superior Eleitoral, que tem uma tradição respeitável na história da Justiça brasileira. O ministro Mauro Campbell disse estar consciente e firme da responsabilidade que é integrar o TSE em um momento tão próximo às eleições e reforçou o preparo dos magistrados brasileiros para o desafio. 

Participaram da mesa da sessão solene, além dos ministros da Corte, o ministro Dias Toffoli, que tomará posse na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro, e a procuradora-geral Eleitoral, Raquel Dodge.

Com informações do TSE

“Não se pode transigir com a relativização de princípios jurídicos basilares”, diz Lamachia no STJ

Brasília – O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, representou a entidade e a advocacia brasileira nesta quarta-feira (29) durante a solenidade de posse dos ministros João Otávio de Noronha e Maria Thereza de Assis Moura como presidente e vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Eles ficarão à frente do tribunal no biênio 2018-2020.

Além de Lamachia e dos empossados, estiveram presentes o presidente da República, Michel Temer; a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia; o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia; a procuradora-geral da República, Raquel Dodge; os ministros egressos dos cargos de presidente e vice do STJ, respectivamente, Laurita Vaz e Humberto Martins; além dos demais 29 ministros do Tribunal e também integrantes de outros tribunais superiores.

Na ocasião, o presidente da Ordem proferiu discurso (íntegra ao final da matéria) no qual enfatizou o caráter fundamental da efetiva prestação jurisdicional para a consolidação da democracia e a consequente saída da crise na qual o País se encontra. “Se fosse possível resumir numa só palavra a crise brasileira, diria que é uma crise de justiça. Crise, acima de tudo, estrutural. O déficit de magistrados – 18 mil juízes para mais de 200 milhões de habitantes –, resulta no espantoso número de municípios sem juiz titular. Sem Justiça, portanto. Disso resulta a lentidão da Justiça, que a torna disfuncional”, apontou.

Ele lembrou, ainda, o atual momento da nação. “Atravessamos tempos turbulentos, marcados por uma crise de diversas dimensões: de um lado, é econômica – requerendo de todos austeridade e capacidade de gestão; de outro lado, é política – exigindo diálogo, serenidade e equilíbrio; mas, acima de tudo, é uma crise ética e moral sem precedentes – clamando por legalidade e por justiça”, disse.

Lamachia ponderou que, para que o país saia da crise, é imperioso evitar atalhos que conduzam a soluções ilusórias. “Não se pode transigir com a relativização de princípios jurídicos basilares como o devido processo legal, a presunção de inocência e a ampla defesa. Esses são princípios que têm sustentado o avanço da civilização”, continuou.

Ele também falou sobre reflexos no Poder Judiciário da crise econômica que o país atravessa, do déficit de juízes nas comarcas brasileiras, das reiteradas permissões do Ministério da Educação para a abertura de novos cursos de Direito, da morosidade da justiça em todos os níveis, da importância dos mecanismos de fortalecimento da democracia em detrimento do autoritarismo e da necessidade do respeito irrestrito às prerrogativas profissionais da advocacia.

Pronunciamentos

Em nome do STJ, falou a ministra Nancy Andrighi, que disse que as dificuldades que o Brasil atravessa o fazem caminhar para o ciclo da verdade. “Temos a responsabilidade de encontrar os melhores meios de fazer cumprir nosso dever constitucional da razoável duração do processo, sem contudo descuidar da humanização nos julgamentos. Para alcançarmos a meta do continuo aprimoramento, e necessário usar inteligência, criatividade e eficiência, todas coroadas pela simplicidade. Uma nova presidência e sempre um coroamento da esperança, reacendendo sonhos e ideiais que habitam na mente de todos que integram essa corte”. Nancy também falou sobre a contribuição da tecnologia à Justiça, em especial ao que chamou de ‘novo modo de julgar’ pelo uso apropriado e humanizado dos meios digitais. 

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, falou em nome do Ministério Público. “são notáveis os avanços institucionais e o progresso institucional no âmbito do STJ. O Brasil se situa hoje num cenário de nações onde a lei vale para todos. O STJ tem ajudado a construir em nosso país uma sociedade mais justa e igualitária, ao passo em que auxilia na instituição efetiva de um regime de leis. Este patrimônio jurídico tem sido construído ao longo dos últimos 30 anos, com mostras de profundo conhecimento das mazelas que a sociedade enfrenta”.

Pelos empossados, falou João Otávio de Noronha. “O Brasil precisa de um processo menos burocrático e mais eficiente, impulsionado pela uniformização da jurisprudência, para assim afastarmos o casuísmo que faz dos tribunais brasileiros uma verdadeira loteria. Não há no mundo tribunais superiores que tanto se debrucem em revisões como o Superior Tribunal de Justiça, o Tribunal Superior do Trabalho e o Supremo Tribunal Federal. O aperfeiçoamento da atividade jurisdicional prestada ao cidadão é o fim que se deve buscar, sempre e mais”.

Na mesma linha da ministra Nancy Andrighi, ele também destacou a necessidade de aumentar a eficiência do STJ através da tecnologia. “Foi esta Corte que liderou a implantação do processo judicial eletrônico no Brasil. O investimento constante em inteligência artificial e tecnologia provam nosso intuito em avançar rumo à modernização, feito este que – tenho certeza – resultará em ganhos expressivos de tempo na tramitação processual. Está em curso uma série de mudanças estruturais, comportamentais e culturais dentro do STJ”, disse. 

Veja, abaixo, a íntegra do discurso de Claudio Lamachia na solenidade de posse da nova presidência do STJ. Ou clique aqui para baixar o discurso em PDF.

Senhoras e senhores.

A efetiva prestação jurisdicional é um dos pressupostos fundamentais da democracia. Esta não se assenta apenas na positivação de normas jurídicas, mas também – e primordialmente – na concretização de direitos.

Essa constatação reforça a inestimável importância do Superior Tribunal de Justiça, que, merecidamente, se consagrou como o “Tribunal da Cidadania”, em razão de seu protagonismo no atendimento aos pleitos dos cidadãos.

Contribui, portanto, diretamente para o correto funcionamento da Federação, bem como para a manutenção da segurança jurídica.

Dessa forma, transmite à sociedade a mensagem de que pode depositar suas esperanças nas instituições; de que pode confiar na força cogente das normas; de que pode, em suma, manter a fé no Estado Democrático de Direito.

Essas reflexões, que destacam a relevância deste Tribunal, ressaltam, na mesma medida, a magnitude das responsabilidades atribuídas aos membros que o compõem.

Felicito a Ministra Laurita Vaz e o Ministro Humberto Martins, que, ao longo do biênio que se encerrou, conduziram esta Corte com exemplar firmeza, transparência e discrição.

Seguramente, a mesma competência será demonstrada por aqueles que hoje se alçam à Presidência e à Vice-Presidência do Superior Tribunal de Justiça.

Oriundos da advocacia, o Ministro João Otávio de Noronha e a Ministra Maria Thereza de Assis Moura comprovam, em suas exitosas e eminentes carreiras, o absoluto acerto do constituinte, que determinou o critério do quinto constitucional para a composição dos tribunais brasileiros.

Caríssimo Presidente, caríssima Vice-Presidente; em nome da Ordem dos Advogados do Brasil, registro a plena confiança no trabalho de Vossas Excelências e os mais sinceros votos de êxito na missão que ora assumem, neste delicado momento da história nacional.

Atravessamos tempos turbulentos, marcados por uma crise de diversas dimensões: de um lado, é econômica – requerendo de todos austeridade e capacidade de gestão; de outro lado, é política – exigindo diálogo, serenidade e equilíbrio; mas, acima de tudo, é uma crise ética e moral sem precedentes – clamando por legalidade e por justiça.

Para a completa superação desse quadro, é imperioso evitar atalhos que conduzam a soluções ilusórias. Assim, não se pode transigir com a relativização de princípios jurídicos basilares – como o devido processo legal, a presunção de inocência e a ampla defesa. Esses são princípios que têm sustentado o avanço da civilização.

Não por acaso, tais preceitos – que são universais – foram instituídos como cláusula pétrea na Constituição da República.

Afinal, a inobservância desses parâmetros significaria o desmoronamento do próprio Estado Democrático de Direito.

Se fosse possível resumir numa só palavra a crise brasileira, diria que é uma crise de justiça. Crise, acima de tudo, estrutural.

O déficit de magistrados – 18 mil juízes para mais de 200 milhões de habitantes –, resulta no espantoso número de municípios sem juiz titular. Sem Justiça, portanto.

Segundo o “Justiça em Números”, do Conselho Nacional de Justiça, os cargos vagos da magistratura – criados por lei, mas não preenchidos –, representavam, ano passado, 19,8% dos 18 mil juízes do País. Esse é, por baixo, o déficit de juízes no país: quase 20%.

Em 2016, por exemplo, o Tribunal de Justiça de Pernambuco tinha 200 cargos vagos, mas só convocou 53 candidatos aprovados no concurso realizado no ano anterior.

A vacância desses cargos decorre de dois fatores: ou do reduzido número de aprovados ou de restrições orçamentárias para provê-los.

No caso presente, ambas as circunstâncias concorrem: carência de mão de obra qualificada – reflexo da crise das instituições de ensino e da proliferação de faculdades de direito no país, que o MEC autoriza, de forma irresponsável, sem levar em conta critérios técnicos e de qualidade dos cursos; e também da carência de recursos. O resultado disso é que um dos postulados básicos da Justiça, que é estar onde o cidadão dela necessite, não se cumpre.

É de absoluta importância a presença de juízes em todos os dias da semana nas comarcas de 1º grau. Sem essa base, todo o edifício jurisdicional se enfraquece – ou mesmo desmorona.

O maior índice de cargos vagos está na Justiça Federal (26%), mas outros ramos ostentam números parecidos, como a Justiça Estadual (22%).

Disso resulta a lentidão da Justiça, que a torna disfuncional – e, nesses termos, contribui para fixar, perante a sociedade, o sentimento de impunidade.

Mais grave ainda é que isso se dá num país que, já há alguns anos, exibe um índice absurdo e escandaloso de mais de 60 mil homicídios por ano. Um cenário que exige, acima de tudo, eficiência do aparelho judiciário.

Mas, se o Estado não investe na melhoria estrutural da Justiça e no sistema penitenciário, o que se tem é um ambiente de estímulo à expansão do crime e do desmando administrativo.

Esse o grande drama brasileiro contemporâneo: o clamor não atendido – não ao menos em prazo razoável – por justiça. E isso remete a Ruy Barbosa, que classificava justiça atrasada como “injustiça qualificada e manifesta”.

Evidentemente, temos ciência de que o fortalecimento do Judiciário envolve custos financeiros. Sobressai-se, portanto, ainda mais, a necessidade de racionalizar a utilização dos recursos disponíveis, notadamente em razão da crise econômica que continua a afetar o Brasil.

O momento tem exigido sacrifícios de todos – precisamente para que os elevados valores da justiça não sejam sacrificados.

E é o que temos.

A excepcionalidade do momento político que o Brasil atravessa agrava o quadro e aumenta a responsabilidade do Judiciário.

E este Tribunal, por imperativo constitucional, é chamado, ao lado do STF, a julgar parcela numerosa da elite política dirigente que incorreu em ilícitos. No caso deste STJ, governadores, parlamentares e secretários estaduais, entre muitos outros, que gozam do inaceitável foro por prerrogativa de função.

Esse contexto, sem precedentes na proporção em que se apresenta, faz incidir sobre esta Corte pressões poderosas, a que se soma o clamor da sociedade e a reverberação que lhe dão a mídia e as redes sociais.

E não só. Há ainda a manipulação que desse quadro anômalo fazem as correntes extremistas que amaldiçoam a política para melhor dominá-la.

É preciso que haja serenidade e bom senso para que não se caia na armadilha do autoritarismo e da demagogia.

De um lado, a pretexto da crise – política, econômica, social e moral –, os saudosos do autoritarismo clamam por intervenção militar; de outro, os que, confundindo justiça com justiçamento, propõem, por outra via, o mesmo retrocesso institucional, supondo poder combater o crime cometendo outro crime – o da profanação do devido processo legal.

Não foi – e não é – fácil, em tal ambiente, estar à frente desta tribuna da cidadania, que é a OAB. Tribuna que, por imperativo estatutário – e nosso Estatuto é lei federal –, nos obriga a defender a Constituição, a boa aplicação das leis, os direitos humanos e o Estado Democrático de Direito. Ou seja, intervir na cena política sem tomar partido.

O partido da OAB é o Brasil, é nossa ideologia a Constituição.

Não se pode ignorar o clamor das ruas por mudança de padrões éticos, mas também não se pode desconhecer a facilidade com que é manipulável.

Por isso mesmo, mais que nunca, os ritos judiciais precisam ser observados. E isso inclui o respeito às prerrogativas da advocacia. Ela é, nos termos do artigo 133 da Constituição, “indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei”.

A Justiça não é um espetáculo, um show. Compreende-se a expectativa com que a sociedade aguarda a responsabilização dos agentes públicos que delinquiram. Mas o papel dos operadores do direito – aí incluídos juízes, procuradores e advogados – é exercer papel moderador, que, ao contrário do que alguns supõem, nada tem a ver com o de acobertar os delitos, mas sim de expô-los com absoluta clareza e segurança. E isso não pode se dar de maneira sumária. Não existe justiça sumária. 

Concluo reiterando os votos de sucesso desta gestão que se inicia, na certeza de que continuará tendo papel de relevo na reconstrução moral das instituições do Estado brasileiro.

Que Deus nos ilumine.




 


Rio Grande do Sul volta a receber o Colégio de Presidentes de Seccionais

Brasília – O Rio Grande do Sul volta a ser o centro da advocacia nacional a partir desta quinta-feira (30), quando tem início o Colégio de Presidentes de Seccionais da OAB, na cidade de Gramado. Os diretores das 27 Seccionais da Ordem de todo o país se reunirão para debater os temas de interesse da classe e da sociedade, reafirmando o caráter democrático da entidade.

“O Colégio de Presidentes é a oportunidade de conhecer mais de perto a realidade da advocacia em todo o país”, explica o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, que era presidente da Seccional em 2008, ano do último colégio no Estado. “A perspectiva de cada presidente ajuda a montar um panorama geral sobre nossa profissão, com os desafios inerentes a cada região, mas também na proposição de soluções conjuntas e o compartilhamento de boas práticas.”

Para o presidente da OAB-RS e anfitrião do evento, Ricardo Breier, “receber os presidentes de todas as seccionais do Brasil é motivo de grande orgulho”. Estamos felizes por sediar o colégio e temos certeza que o encontro será palco de debates valorosos”, pontua. As atividades terão início na quinta, às 19h, com uma cerimônia solene. Na sexta-feira (6), a reunião do Colégio acontece das 9h às 18h, finalizando com a leitura da carta produzida com as deliberações acerca de cada tema.

Vocação democrática

O Rio Grande do Sul foi palco de importantes eventos da entidade ao longo da história. A XII Conferência Nacional da Advocacia, realizada na cidade de Porto Alegre em 1988, teve como ponto alto uma cerimônia em homenagem à promulgação da Constituição Federal. O evento também debateu temas como desigualdade social e a conquista de direitos advinda da nova Carta. “Os advogados presentes conclamam os cidadãos a se unirem para garantir e apressar o dia tão almejado em que a liberdade, a igualdade e a justiça social cheguem, efetiva e não retoricamente, a todos os brasileiros”, diz a Carta de Porto Alegre.

Cinco anos depois, em 1993, os presidentes de Seccionais reuniram-se na cidade de Canela para reafirmar o compromisso da entidade com os direitos de todos os cidadãos previstos na Constituição e o aprimoramento das instituições. Na oportunidade, a OAB também cobrou ação dos governos contra a escalada da violência urbana, lembrando o episódio dos massacres da Candelária e de Vigário Geral, propondo, inclusive, um Fórum Permanente em Defesa da Vida. Também defendeu a aprovação de um novo Estatuto da Advocacia, que ocorreria em 1996, e o fortalecimento da atuação por meio das Caixas de Assistência e do Exame de Ordem.

O ano de 1998 marcou a realização de mais um Colégio de Presidentes de Seccionais, desta vez em Porto Alegre. Os dirigentes de Ordem debateram questões referente a uma reforma política, alertando para o perigo de outorga de poderes revisionais da Constituição ao Congresso, “manobra política com riscos de prevalência de fisiologismos e conveniências”. Também reforçaram o compromisso da entidade com a Constituição Federal e com a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Também abordaram reforma política, crise financeira e adaptação do Poder Judiciário à realidade nacional, com a diminuição de custas judiciais.

Por fim, em 2008, os presidentes voltaram a se reunir no Rio Grande do Sul, na cidade de Bento Gonçalves. Desta vez, chamaram o combate à corrupção, ratificando o “empenho da OAB no combate à impunidade e à corrupção sob todas as suas formas, notadamente a eleitoral, que fomentam a violência e a desagregação social, comprometem o regime democrático e contaminam o exercício dos cargos eletivos”.  

Chamaram a atenção para a importância do Quinto Constitucional dentro do Poder Judiciário e o combate à corrupção. Também destacaram a importância da unificação do Exame de Ordem e a suspensão dos prazos processuais no fim do ano, para garantir o descanso dos advogados.