OAB e instituições debatem melhorias no Exame de Ordem e no ensino jurídico

A OAB nacional realizou um evento, nesta terça-feira (3), para debater a importância do Exame de Ordem para a sociedade e também ouvir as instituições de ensino superior em busca de melhorias para a avaliação dos bacharéis em Direito. O “Diálogo da OAB com as Instituições de Ensino Jurídico” foi organizado pela Coordenação Nacional do Exame de Ordem Unificado e contou com a participação de especialistas da OAB e representantes de instituições de ensino superior de todo o Brasil. O vice-presidente da OAB Nacional, Luiz Viana, e o diretor-tesoureiro, José Araújo de Noronha, também participaram da abertura do seminário.

Os debates ressaltaram dados e informações relativos ao Exame de Ordem, destacando estatísticas de aprovação e reprovação e a importância das novas diretrizes curriculares do curso de Direito, que entram em vigor de forma obrigatória a partir de 2021. A OAB reforçou também a necessidade de um freio nas autorizações para abertura de novos cursos jurídicos no Brasil. A ideia é medir e aprimorar a qualidade dos cursos já existentes antes de permitir a entrada de novas faculdades de Direito no mercado de ensino no Brasil.

O secretário-geral da OAB e coordenador nacional do Exame de Ordem, José Alberto Simonetti, afirmou que o evento permitiu um aprimoramento no debate da entidade a partir de um contato direto com os representantes das faculdades de Direito. “Recebemos muitas sugestões para melhorias e para pensar alterações no Exame de Ordem, sendo fundamental esse diálogo com as instituições de ensino. O ponto principal é que todos se mostraram preocupados com os índices de qualidade e pensam em estratégias para melhorar o ensino jurídico no Brasil. Vale ressaltar que não existem mudanças a serem implementadas de imediato. Todo esse processo se dará no tempo necessário”, avaliou Simonetti.

A Conselheira Federal e membro da Coordenação Nacional do Exame, Raquel Cândido, destacou a transparência na divulgação das informações e dos dados relativos ao Exame, permitindo que as instituições de ensino e toda a sociedade possam debater maneiras de aperfeiçoamento. “É um evento em que nos colocamos à disposição para ouvir as instituições e endereçar tudo que for possível no sentido de melhorar o Exame. Temos agora um site específico, onde se concentram todas as informações com acesso liberado para candidatos e instituições. A ideia é que isso seja aprimorado cada vez mais no interesse de todos”, afirmou.

O presidente da OAB-AM, Marco Aurélio de Lima Choy, apresentou as estatísticas do Exame de Ordem. “A coordenação e a comissão do Exame de Ordem estão trabalhando com muita transparência na divulgação desses números. A ideia é que a formação de um curso jurídico de qualidade seja uma construção coletiva, responsabilidade da OAB e das instituições de ensino, e o primeiro passo para isso já está sendo feito, com o compartilhamento dessas informações e dados”, disse.

Já o presidente da Comissão Nacional de Educação Jurídica, Marisvaldo Cortez, destacou as ações da OAB junto ao Ministério da Educação, na defesa de uma moratória na autorização para novos cursos de Direito no Brasil. “São 1.692 cursos autorizados no Brasil e não há capacidade logística e nem profissional para poder acomodar todo mundo. Então, temos que buscar a qualidade do ensino jurídico para uma melhor qualificação do profissional que vai enfrentar o mercado. Essa é a nossa grande luta e a nossa grande bandeira. É nesse sentido que queremos sensibilizar o MEC para que não se abram mais cursos e que sejam revistos aqueles que estão abertos sem nenhuma qualidade”, afirmou.

Presidente da Comissão de Direito Ambiental debate a Amazônia em evento no Senado

A presidente da Comissão Nacional de Direito Ambiental da OAB, Marina Gadelha, participou de um debate sobre o desafio das instituições brasileiras em relação à Amazônia. O evento aconteceu na manhã desta terça-feira (3), no auditório Interlegis do Senado Federal, e também contou com o chefe da Divisão de Meio Ambiente II do Ministério das Relações Exteriores, Marco Túlio Cabral, e com o conselheiro legislativo do Senado, Habib Fraxe Neto.

Marina ressaltou a luta da OAB em defesa do meio ambiente ao longo das últimas décadas e defendeu a universalização do debate sobre o tema. “A sociedade civil, organizada ou não, tem o dever de tomar posturas na defesa de um meio ambiente ecologicamente equilibrado. O parágrafo 4º do artigo 225 da nossa Constituição Federal traz expressamente a floresta amazônica como um patrimônio nacional. Temos, de fato, uma Constituição antropológica, que se preocupa com o viés humano também nas questões ambientais”, disse.

A presidente da comissão falou sobre as demandas envolvendo a exploração do meio ambiente no Brasil. “Em primeiro lugar é necessária uma análise pormenorizada de cada situação. As queimadas no Mato Grosso não têm necessariamente a mesma natureza e a mesma causa dos desmatamentos no Amazonas. Portanto, a OAB se vê instada a provocar as autoridades estaduais e federais para que investiguem, constituindo assim fase prévia a uma eventual judicialização da questão do desmatamento”, resumiu.

Para Gadelha, a prioridade em eventuais ações civis públicas é recuperar áreas devastadas por ações humanas, e na medida dessa impossibilidade, estudar as indenizações cabíveis. “É o que determina a jurisprudência do Superior Tribunal Justiça”, completou. 

Outras participações

Marco Túlio Cabral destacou ser fundamental a discussão das questões atuais da Amazônia sob a ótica das instituições. “O grande problema amazônico, na minha visão, é a falta de inspeções. Temos uma legislação avançada que precisa ser cumprida. Há uma margem jurídica muito boa, o que falta é o Estado de Direito vigorar plenamente na Amazônia. Assim será possível alcançar as três dimensões do desenvolvimento sustentável: social, ambiental e econômica”, enumerou.

Quem fechou o painel de debates foi Habib Fraxe Neto que citou como uma das principais causas e efeitos do desmatamento o mercado ilegal de terras em solo amazônico. Detalhou, ainda, pontos do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal e do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil.


São Paulo recebe 1º Colégio de Presidentes de Tribunais de Ética e Disciplina

O regramento ético disciplinar da advocacia é um tema imprescindível para a classe, pois garante que apenas profissionais íntegros permaneçam aptos a defender os direitos do cidadão. “Construir uma advocacia cada vez mais ética e digna é primordial para a nação”, defendeu Ricardo Toledo Santos Filho, vice-presidente da OAB-SP, em discurso de boas-vindas durante a abertura do 1º Colégio de Presidentes de Tribunais de Ética e Disciplina, na noite de segunda-feira (09).


“Há realidades distintas em todo o país; isso implica acabar com barreiras para uma atuação coordenada e eficaz dos TED de todas as Secionais. A construção do processo eletrônico para Ética e Disciplina é um dos desafios colocados”, propôs Carlos Fernando de Faria Kauffmann, presidente do TED paulista, um dos anfitriões. Margarete de Cássia Lopes, secretária-geral adjunta e corregedora geral na OAB-SP, fez um discurso de exortação ao trabalho de presidentes e membros de Tribunais de Ética e Disciplina de todo o País: “Todos que estão aqui são abnegados, responsáveis e comprometidos com a advocacia. Servimos aos nossos pares em verdadeira expressão de amor e dedicação”.

“Estamos aqui para continuar uma jornada: almejamos ter regulamentado o nosso Colégio de Presidentes Secionais de TED e precisamos debater e trabalhar para encontrar respostas para novos temas que afetam a advocacia em questões de ética e disciplina”, explicou Marta do Carmo Taques, presidente do Colégio de Presidentes de Tribunais de Ética e Disciplina. Na terça-feira (09), o evento realizado na sede da OAB-SP terá os trabalhos focados em questões atuais como marketing digital para advogados e escritórios, regimento interno dos TED, mediação e conciliação.

A mesa de abertura, além dos já citados, foi composta por Raquel Elita Alves Preto, diretora-tesoureira da OAB SP; Aline Silva Fávero, vice-presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo (CAASP); Fernando Calza de Salles Freire, conselheiro federal (SP) e corregedor nacional adjunto do Tribunal e Ética e Disciplina; Luís Augusto Pestana Vieira, presidente do TED Amazonas e vice-presidente do Colégio de Presidentes de TED; e Simone Neri, presidente do TED Bahia e secretário do Colégio de Presidentes de TED.

Presenças

A solenidade de abertura do 1º Colégio de Presidentes de Tribunais de Ética e Disciplina teve a presença dos seguintes presidentes e membros de TED: Dion Nóbrega Leal, presidente do TED do Acre; Telmo Barros Calheiros Júnior, presidente do TED Alagoas; Raimundo Farias Martins Amorim, vice-presidente do TED Ceará; Alberto Nemer Neto, presidente do TED Espírito Santo; Samuel Balduínio Pires da Silva, presidente do TED Goiás; João Batista Beneti, presidente do TED Mato Grosso; Hipólito Cândido da Silva, membro da 3ª Turma do TED Minas Gerais; Brunno Garcia de Castro, presidente do TED Pará; Marcus André Almeida Lins, presidente do TED Pernambuco; Paulo Cristovão Alves Freire, presidente do TED Paraíba; Guilardo Cesá Medeiros Graça, presidente do TED Piauí; César Souza, presidente do TED Rio Grande do Sul; Anacleto Canan, presidente do TED Santa Catarina; Leão Magno Brasil Júnior, presidente do TED Sergipe; Fábio Wazilewski, presidente do TED Tocantins.

 

Com informações da assessoria de imprensa OAB-SP

Alterações na legislação de trânsito pautam encontro na OAB-RJ

Para marcar a Semana Nacional do Trânsito, que acontece anualmente entre os dias 18 e 25 de setembro, a Comissão Especial de Legislação e Trânsito realizou um evento para debater os efeitos positivos e negativos das alterações na legislação de trânsito previstas no projeto de lei 3.267/2019. O encontro aconteceu nesta segunda-feira (2), na sede da OAB do Rio de Janeiro.

A abertura do encontro ficou a cargo do presidente da comissão, Armando de Souza; da presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Rita Cortez; e do secretário adjunto da OAB-RJ, Fábio Nogueira. Também compuseram a mesa o ex-presidente do IAB, Técio Lins e Silva; o secretário adjunto da OAB-RJ, Fábio Nogueira, e o deputado federal Hugo Leal (PSD-RJ), autor da Lei Seca.

“Nestes tempos de tantas ameaças ao direito de um trânsito seguro, a OAB nacional, por meio das comissões do trânsito de suas seccionais, tem debatido com a sociedade as recentes e possíveis alterações no Código de Trânsito Brasileiro. Manifestamos preocupação com o menosprezo que o governo federal tem tratado a segurança no trânsito”, disse Armando de Souza.

Rita Cortes afirmou que “as discussões são fundamentais para criticar medidas que impliquem em retrocesso e colaborar com sugestões que ajudem a efetivar direitos sociais de extrema relevância”.

Hugo Leal falou sobre algumas alterações no Código de Trânsito Brasileiro propostas no PL entre elas a revogação da exigência de 15 dias para que o candidato reprovado na primeira prova para tirar Carteira Nacional de Habilitação possa refazê-la. Outro ponto foi sobre o prazo de validade do documento que passaria de cinco para 10 anos.

Sobre o aumento do número de pontos para a suspensão da carteira, dos atuais 20 para 40, Leal afirmou que esse é um debate que já permeou o parlamento, principalmente com fins específicos, como é o caso de motoristas que trabalham em atividades remuneradas.

Após a exposição do parlamentar, Técio Lins e Silva falou sobre a Lei 13.546/2017, que trata dos crimes cometidos na direção de veículos automotores.

Com informações das assessorias de imprensa da OAB-RJ e IAB

Assista à íntegra do evento no vídeo abaixo


OAB realiza debate sobre a regulamentação da cannabis medicinal

A OAB nacional realiza um seminário para debater a utilização e a regulação do uso medicinal da cannabis, no dia 18 de setembro, em Brasília. O evento, organizado pela Comissão Especial de Assuntos Regulatórios, pretende discutir os aspectos jurídicos sobre a legalização do uso terapêutico da planta, que tem ganhando destaque nos últimos anos, sobretudo após casos de sucesso em tratamentos de doenças raras, tanto no Brasil como em outros países.

A ideia do debate é tratar das questões que envolvem a regulação da cannabis medicinal. Existem projetos de regulamentação, ações judiciais e propostas legislativas em tramitação nos três poderes da República e o objetivo do encontro é ouvir representantes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário para tratar do assunto, além de especialistas da OAB, autoridades da vigilância sanitária, da medicina, representantes de movimentos científicos e associações de pacientes.

O primeiro debate vai contar com a participação dos deputados que estão envolvidos nas discussões sobre o tema no Congresso Nacional e também das associações de pacientes. A segunda mesa terá a presença de representantes do Judiciário e de técnicos da Anvisa, para tratar das legislações e regras que regulamentam a cannabis medicinal no Brasil e no mundo.

“No Supremo Tribunal Federal já há um debate por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, no Congresso Nacional existem projetos de lei tramitando em ambas as casas e no Executivo, a Anvisa possui uma regulamentação em curso. A proposta é que a OAB possa cumprir um papel catalisador nesse processo. É preciso pensar sempre no direito de acesso à saúde e à vida digna”, avalia Rodrigo Mesquita, membro do Comissão Especial de Assuntos Regulatórios e organizador do evento.

As inscrições para o seminário já estão abertas e podem ser feitas pelo link aqui. Serão concedidos certificados aos participantes com carga total de 4 horas para efeito de complementação das horas curriculares exigidas nos cursos de graduação.