Brasília - O Brasil passa por momentos difíceis e é fundamental que cada um de nós tenha consciência plena de seu papel em nossa sociedade. É imprescindível que a ponderação, o equilíbrio e temperança sejam a tônica das relações de nossa sociedade.
A Independência do Brasil depende de cada um de nós e cada cidadã e cidadão brasileiro devem estar compromissados em votar de maneira consciente e em fiscalizar ostensivamente o trabalho dos eleitos.
A OAB, que nunca se distanciou da defesa do Estado Democrático de Direito e da Constituição Federal, seguirá atuando, de maneira independente, sem medir esforços para que tenhamos um futuro melhor.
Claudio Lamachia
Presidente nacional da OAB
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Confira as principais notícias do período entre 31 de agosto e 6 de setembro
Brasília - Confira a seção OAB em Movimento desta semana, que apresenta as principais notícias da advocacia e da cidadania protagonizadas pela Ordem. Em destaque, a realização do Colégio de Presidentes de Seccionais em Gramado (RS), com importantes deliberações para a advocacia e a sociedade; o relançamento da Campanha Mero Aborrecimento tem Valor; e deliberações do Conselho Pleno de relevância para a advocacia e para a sociedade.
Carta de Gramado
O Colégio de Presidentes dos Conselhos Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil esteve reunido na cidade de Gramado, Rio Grande do Sul, nos dias 30 e 31 de agosto de 2018, e redigiu Carta após análise e discussão de temas de interesse da advocacia e da sociedade brasileira. Leia mais.
OAB vai ao STF contra nova exigência da CLT para ação trabalhista
A OAB Nacional ingressou com ação no Supremo Tribunal Federal questionando a legalidade de dispositivos da Nova CLT que alteram a inicial de reclamação trabalhista, que agora deve contemplar também a liquidação, com pedido de indicação de valor, sob pena de extinção do processo sem julgamento de mérito. Segundo a Ordem, esta previsão configura um obstáculo ao acesso à Justiça. Leia mais.
‘Mero Aborrecimento Tem Valor’
Foi relançada, por ocasião da reunião do Conselho Pleno da OAB, a campanha nacional “Mero Aborrecimento Tem Valor”, elaborada pelas comissões de Direito do Consumidor, Prerrogativas e Jovem Advocacia. Segundo o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, a iniciativa tem como objetivo mostrar o impacto social e profissional que o entendimento jurídico do mero aborrecimento causa. Leia mais.
Valorização da advocacia idosa
O Conselho Pleno da OAB aprovou, durante sessão do colegiado, o Plano Nacional de Valorização da Advocacia Idosa. O novo texto prevê uma série de medidas para valorização e defesa dos profissionais com mais de 60 anos em pontos como prerrogativas, inserção no mercado de trabalho, ensino e garantias. Também será criada a Comissão Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa no âmbito da Ordem. Leia mais.
Representatividade feminina
O Conselho Federal da OAB garantiu representatividade à participação feminina nos quadros diretivos da entidade ao aprovar a redação do artigo 131 do Regulamento Geral e inserção de dois novos artigos (156-B e 156-C), de modo que só será admitido o registro de chapas que atendam ao mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo. Leia mais.
Prazos em dias úteis nos juizados
Mais uma matéria legislativa com atuação direta da OAB avança na Câmara dos Deputados. Chegou ao fim o prazo para recursos ao Projeto de Lei nº. 10.020/2018, que estabelece a contagem de prazos somente em dias úteis para qualquer ato processual, inclusive interposição de recursos, no âmbito dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, Juizados Especiais Federais e dos Juizados Especiais da Fazenda Pública. Leia mais.
Repúdio à violência
Em manifestação à imprensa, o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, repudiou o ato de violência praticado contra o candidato Jair Bolsonaro. Segundo Lamachia, “a democracia não comporta esse tipo de situação”. Leia mais.
Imunidade garantida para as Caixas de Assistência
O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, realizou sustentação oral no julgamento do Recurso Extraordinário 405.267, que debatia no Supremo Tribunal Federal (STF) a manutenção da imunidade tributária à Caixa de Assistência dos Advogados de Minas Gerais (CAA-MG), com repercussão nas demais Caixas. A Ordem saiu vitoriosa do pleito, proposto pela prefeitura de Belo Horizonte em desfavor da CAA-MG. Leia mais.
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OAB garante no STF imunidade tributária das Caixas de Assistência
Brasília – O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, realizou nesta quinta-feira (6) sustentação oral no julgamento do Recurso Extraordinário 405.267, que debatia no Supremo Tribunal Federal (STF) a manutenção da imunidade tributária à Caixa de Assistência dos Advogados de Minas Gerais (CAA-MG), com repercussão nas demais Caixas. A Ordem saiu vitoriosa do pleito, proposto pela prefeitura de Belo Horizonte em desfavor da CAA-MG.
De modo unânime, os ministros reconheceram a imunidade das Caixas de Assistência, e, acima disso, a importância da independência da OAB para o Estado Democrático de Direito e a própria democracia.
Lamachia falou em nome do Conselho Federal da OAB, entidade maior do guarda-chuva que ampara Seccionais, Subseções e Caixas de Assistência. “A imunidade tributária da OAB é por todos conhecida. Mas aqui temos outro ponto que deve ser esclarecido: as Caixas de Assistência são um órgão da OAB, entidade que tem compromisso inarredável com a sociedade por sua história de quase 87 anos de serviços prestados à nação. As Caixas foram criadas à exata semelhança da Ordem, têm o mesmo DNA da entidade, e, portanto, se a OAB goza de imunidade reconhecida por lei, as Caixas também devem ter sua imunidade reconhecida”, apontou.
“A Ordem é o que é porque tem e luta por uma advocacia fortalecida”, continuou. “Esta estrutura tem a importantíssima contribuição de um braço assistencial, formado pelas Caixas de Assistência, que ampara exatamente o advogado carente, mais necessitado, que atua nos mais longínquos rincões deste país.
O presidente ressaltou ainda a clareza da Lei Federal nº 8906/1994 – o Estatuto da Advocacia – ao determinar que, na eventual liquidação de uma Caixa, o patrimônio reverte-se integralmente para a OAB. “O braço assistencial do Sistema OAB – que abrange hoje 1 milhão e 100 mil advogados – estará em risco por uma decisão que não reconheça sua imunidade. O passivo que se pode criar colocará em risco a própria Ordem dos Advogados do Brasil. Estão umbilicalmente ligadas. As fundações e as autarquias, por exemplo, têm suas imunidades reconhecidas na forma recíproca justamente porque a União, os Estados e Municípios a têm”, comparou.
Em nome da CAA-MG, falou a advogada Misabel Abreu Machado Derzi, que proferiu sustentação baseada no caráter assistencial da Caixa mineira e do impacto positivo na rotina de milhares de advogados mineiros.
Posicionamento dos ministros
O relator da matéria, ministro Edson Fachin, ressaltou o caráter de independência inerente à Ordem dos Advogados do Brasil e teve seu voto integralmente seguido por todos os demais ministros. Ele acolheu a tese da OAB e propôs a negativa do conhecimento do recurso proposto pela prefeitura de Belo Horizonte.
“Não me parece existir dúvida quanto à ordem normativa constitucional vigente que dispõe sobre a imunidade reciproca. Também não parece razoável aferir que a Caixa se submeta a esta compreensão almejada pelo município recorrente. É pacífico o entendimento de que a imunidade fruída pela OAB é da modalidade recíproca, na medida em que a OAB exerce atividade de Estado, mesmo não pertencendo à administração indireta. As Caixas, neste sentido, merecem o mesmo tratamento e encontram-se tuteladas pela imunidade recíproca”, votou.
Fachin justificou seu voto com base em três premissas: ser a OAB entidade que presta serviço público delegado; que exerce o serviço em virtude de lei ou do poder público; e ser o serviço prestado por entidade que não persegue ganho econômico.
Para o ministro Luiz Fux, “se o Supremo reconhece a imunidade da entidade maior do sistema avaliado, que é o Conselho Federal da OAB, não há qualquer razão para que desconsidere a imunidade recíproca das entidades integrantes, caso das Caixas de Assistência”.
Alexandre de Moraes, por sua vez, asseverou que “os elementos pelos quais toda a doutrina garante imunidade recíproca a órgãos e entes parecem refletidos no caso em estudo, caracterizado pela ligação umbilical entre OAB e Caixa, de modo que inclusive excessos tributários que recaiam sobre aquela prejudiquem esta”.
O ministro Marco Aurélio Mello acompanhou o voto do relator. “A OAB é órgão de cadastro e fiscalização profissional. Se formos ao Estatuto da Ordem, está revelado que a Caixa sobrevive de 50% do que é arrecadado pela respectiva Seccional que integra, sem quaisquer fins lucrativos. Creio que a situação jurídica, em que pese a necessidade de arrecadação do município, atende aos requisitos e merece ser abarcada pela imunidade em discussão”, apontou.
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Lamachia repudia ato de violência contra Jair Bolsonaro
Brasília – Em manifestação à imprensa, o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, repudiou o ato de violência praticado contra o candidato Jair Bolsonaro. Segundo Lamachia, “a democracia não comporta esse tipo de situação”. Confira abaixo a fala do presidente:
"A Ordem dos Advogados do Brasil manifesta repúdio ao ato de violência praticado contra o candidato Jair Bolsonaro. A democracia não comporta esse tipo de situação.
A realização das eleições em ambiente saudável depende da serenidade das instituições e militantes políticos. O processo eleitoral não pode ser usado para enfraquecer a democracia.
Neste momento, cabe a reflexão a respeito do momento marcado por extremismos, por discursos de ódio e apologia à violência. Tudo isso apenas estimula mais violência, numa situação que prejudica a todos.
A OAB acompanha atenta o desdobramento desse fato. É preciso que todas as forças políticas possam participar do pleito e que os eleitores tenham assegurado o direito à livre escolha”, disse Lamachia.