Arquivos Mensais:agosto 2018
Juiz substitui tornozeleira de Cachoeira por doação de salários
Multas a grevistas não serão perdoadas, diz Alexandre de Moraes
Juiz revoga preventiva que superou pena da condenação em um ano
MP impugna candidatura de Garotinho ao governo do Rio
TSE recebe oitava ação de impugnação de registro contra Lula
Ministro do STJ dispensa inscrição de defensores de São Paulo na OAB
STJ começa a julgar recursos de forma totalmente virtual nesta terça
Como software jurídico evolui a gestão de escritórios de advocacia
A imigração venezuelana em RR e o risco de uma explosão demográfica
“Advocacia é agente de transformação social”, diz Lamachia durante inauguração na OAB-SP
Brasília – Em seu discurso durante a cerimônia de inauguração do novo auditório da OAB-SP anexo à sede institucional, o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, pregou a união da advocacia como forma de potencializar seu papel de transformadora social. Ele destacou ainda que a história da OAB se confunde com a própria democracia. Participaram da solenidade também o presidente da OAB-SP, Marcos da Costa, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Manoel de Queiroz Pereira Calças, o ex-presidente da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, e o ex-presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D’Úrso.
Segundo o presidente da OAB, a Ordem é muito mais do que uma entidade de classe, é uma entidade que tem compromisso com a democracia, com o Estado Democrático de Direito, com a defesa das instituições e com os direitos humanos. “O momento é de muita responsabilidade, acima de tudo. Estamos num processo eleitoral dos mais relevantes desde a redemocratização há 33 anos. Temos de votar de forma consciente. O CFOAB lançou uma campanha buscando exatamente consciente do poder e dever do voto a todo cidadão. Voto não tem preço, voto tem consequência. E a consequência de uma escolha malfeita é essa crise ética e moral sem precedentes que temos visto no Brasil. Portanto, é momento de unirmos porque nós advogados e advogadas somos agentes de transformação social. Temos de cumprir o nosso papel e a nossa missão”, afirmou Lamachia.
“Fico duplamente honrado por este momento. Lembro que em 2014, compareci ao lado do então presidente Marcus Vinicius, eu como vice-presidente, à inauguração desta belíssima sede. O Conselho Federal da OAB aplaudindo São Paulo. Hoje tenho a felicidade de participar da inauguração deste auditório que será espaço do diálogo, da liberdade, da igualdade e da fraternidade. É isto que a OAB defende e este espaço será propício para esses fins”, disse Lamachia.
O presidente da OAB-SP destacou que São Paulo tem uma parceria excepcional com o Conselho Federal há muito tempo. “Esta obra é da advocacia de São Paulo. Este prédio começa lá atrás quando numa parceria com o Conselho Federal foi possível comprar a nossa sede fazendo com que a advocacia depois de tanto tempo pudesse ter instalações adequadas a dimensão da advocacia de São Paulo”, lembrou ele.
De acordo com Costa, faltava à OAB-SP um auditório digno de sua grandeza. “Este espaço será, a partir de hoje, o espaço da valorização da ética porque sem ela não é possível o exercício da nossa profissão. Um espaço de defesa intransigente das nossas prerrogativas. Sabemos que a violação de nossas prerrogativas significa um atentado ao principal direito de uma democracia, que é o direito de defesa. Um espaço de constante aperfeiçoamento cultural e jurídico. Aqui certamente teremos muitos eventos sempre com a presença maciça de advogadas e advogados. Um espaço de debates, de formulações de políticas públicas e fortalecimento da cidadania, esse papel tão relevante que exerce a nossa instituição. Um espaço de consagração de nossos compromissos de defesa da Constituição e ordem jurídica, do Estado Democrático de Direito, dos direitos humanos, da justiça social e boa aplicação das leis. Acima de tudo que seja um espaço diário de defesa e celebração da nossa profissão, a advocacia”, declarou ele.
O ministro da Justiça destacou a importância da OAB para a construção da democracia no país. “Que a OAB de São Paulo continue na proeminência da proteção e da garantia da democracia, particularmente no momento em que o Brasil vai às urnas para renovar sua esperança em mais democracia tão dividido como raras vezes esteve na sua história. O Brasil deve ir às urnas mostrar que está cansado do ódio e da desesperança. O Brasil vai renascer e a OAB estará à frente disso sem a menor sombra de dúvida com todos os advogados do Brasil”, acrescentou o ministro da Justiça.
O presidente do TJ-SP também saudou as novas instalações. “O TJ-SP sente-se extremamente honrado de participar deste evento extremamente importante não apenas para a advocacia de São Paulo, que sem sobra de dúvidas é a trincheira de defesa do Estado Democrático de Direito e das liberdades em todos os momentos como representante da sociedade civil”, afirmou Calças.
STF julgará se entes federativos devem honorários à Defensoria
XXVI Exame de Ordem: Confira o resultado preliminar da 1ª fase
Brasília – Foi publicado nesta segunda-feira (20) o resultado preliminar da 1ª fase (prova objetiva) do XXVI Exame de Ordem Unificado. A prova foi realizada em todo o Brasil no dia 5 de agosto de 2018.
Clique aqui para acessar o resultado preliminar na 1ª fase do XXVI Exame de Ordem
Consulta individual ao resultado preliminar da 1ª fase do XXVI Exame de Ordem
O prazo para interposição de recursos começa às 12h do dia 21 de agosto de 2018 e termina às 12h do dia 24 de agosto de 2018, observado o horário oficial de Brasília/DF. O resultado definitivo da 1ª fase está previsto para o dia 27 de agosto. Os aprovados e os que pediram reaproveitamento da 1ª fase do XXIV Exame farão a 2ª fase (prova prático-profissional) na data provável de 16 de setembro de 2018.
A aprovação no Exame de Ordem é requisito necessário para a inscrição nos quadros da OAB como advogado. O Exame de Ordem pode ser prestado por bacharel em Direito, ainda que pendente apenas a sua colação de grau, formado em instituição regularmente credenciada. Poderão realizá-lo os estudantes de Direito do último ano do curso de graduação em Direito ou dos dois últimos semestres.
TST suspende liminar que impedia leilão de distribuidoras da Eletrobras
Artigo Correio do Povo: Quem regula as agências?
Brasília - Confira o artigo de autoria do presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, publicado nesta segunda-feira (20), no jornal Correio do Povo.
Quem regula as agências?
Claudio Lamachia, presidente nacional da OAB
A ineficiência da gestão estatal não chega a ser surpresa para nenhum cidadão. Em pleno ano de 2018 é difícil alguém em sã consciência acreditar nas explicações que representantes de “agências reguladoras” – as aspas são propositais – proferem quando tentam justificar o injustificável. Exemplos não faltam.
Um dos maiores foi da Anac ao prever que a liberação da cobrança pelo despacho de bagagens iria resultar na redução do custo das passagens aéreas, beneficiando os passageiros.
Não precisava ser um gênio para antecipar o resultado: o preço das passagens subiu, os valores para despacho aumentaram e agora cobram até pela marcação do assento. Além disso, os voos para quem leva apenas mala de mão viraram uma verdadeira loteria na busca de lugar dentro dos aviões para a bagagem.
A mais recente obra-prima da gestão “reguladora” do Estado partiu da Agência Nacional de Saúde Complementar – ANS, que não satisfeita em pouco fazer de sua função primordial, emitiu uma resolução que prevê que operadoras de planos de saúde poderão vender planos com franquia e cobrar de clientes até 40% do valor dos procedimentos realizados.
Contra este absurdo, a OAB ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal, com pedido de liminar, requerendo a anulação do ato. Felizmente nosso pedido foi aceito pela ministra Cármen Lúcia.
Em ambos os casos o que se vê é um verdadeiro empenho das agências em pouco regular o mercado e muito em atender as exigências do mercado, como se fossem seus sindicatos representativos.
Percebe-se claramente a absoluta inoperância do governo que, preocupado em resolver questões pessoais, parece não enxergar o descalabro administrativo causado por aqueles que deveriam atuar em prol da sociedade.
É necessário que se reveja o papel destas estruturas estatais, que em sua maioria têm funcionado como moeda de troca política e defensoras dos interesses das empresas em prejuízo dos consumidores. A recente declaração de um dos diretores da ANS, que afirma que a agência não deve defender o consumidor, corrobora essa situação.