Prêmio Innovare: Lamachia faz entrega de premiação para iniciativa que implanta novo modelo de unidade prisional

Brasília - O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, participou na manhã desta terça-feira (05), da 14ª edição do Prêmio Innovare, iniciativa que reconhece e busca disseminar práticas que contribuem para modernizar a Justiça no país. Neste ano, foram inscritas 710 práticas, segundo maior número na história do prêmio.

O presidente destacou a importância da premiação, que estimula as boas práticas e tem papel importante no desenvolvimento do sistema judiciário brasileiro.

Lamachia realizou a entrega da premiação da categoria “Advocacia”. A vencedora foi “Responsabilidade compartilhada: uma via para a humanização do sistema prisional e para proteção social”, desenvolvida por Roberta Arabiani Siqueira em Porto Alegre-RS.

A iniciativa premiada busca a criação de instância deliberativa, para fixar diretrizes e definir ações relacionadas à implantação de um novo modelo de unidade prisional, destinada a presos segregados por perfil e em quantitativo compatível com a capacidade de engenharia do estabelecimento. Também será garantida a assistência jurídica, social, educacional, de saúde física e mental e trabalho, em obediência aos princípios e regras internacionais sobre os direitos da pessoa presa, no espírito de Regras Mínimas da ONU. A prática foi implementada desde a inauguração da Penitenciária Estadual de Canoas, em março de 2016.

O segundo colocado na categoria foi o projeto “Constituição na Escola”, que consiste na realização de aulas expositivas sobre a Constituição Federal Brasileira, direitos humanos e civilidade aos alunos da rede pública, desenvolvido pelo advogado paulista Felipe Costa Rodrigues Neves.

Confira abaixo a lista com os demais premiados:

Tribunal

Venceu a prática “Amparando filhos – transformando realidades”, do Tribunal de Justiça de Goiás (GO) e desenvolvida pelo desembargador Gilberto Marques Filho e pelo juiz Fernando Augusto Chacha de Rezende. O principal objetivo é amparar filhos de mães presas. O projeto oferece apoio psicológico, educacional, assistencial e material.

Juiz

Venceu a prática “Sistema de apreciação antecipada de benefícios”, desenvolvido pelo juiz José Vidal de Freitas Filho, de Teresina. Trata-se de procedimento para garantir ao preso a progressão para o regime semiaberto ou aberto ou livramento condicional na data exata, por meio de um sistema informatizado. O trâmite também é simplificado para agilizar o processo.

Ministério Público

Venceu a prática “GesPro - Projeto de gestão administrativa das promotorias”, desenvolvida por Barbara Elisa Heise e Karin Maria Sohnlein. Trata-se da adoção da gestão de indicadores e riscos, pesquisa de satisfação do cidadão nas promotorias de Justiça de Santa Catarina, com a certificação ISSO 9001:2015.

Defensoria Pública

Venceu a prática “Defesa dos direitos indígenas”, desenvolvida por Johny Fernandes Giffoni e Juliana Andrea Oliveira, de Belém. Visa garantir o direito à identidade e ao nome civil de indígenas, observando cultura e costumes dos povos no Pará, para que cartórios e outras instituições de Justiça grafem corretamente o nome étnico.

Justiça e Cidadania

Venceu a prática “Visão de liberdade”, desenvolvida por Antonio Tadeu Rodrigues, em Maringá (PR). Busca suprir material destinado a deficientes visuais com ajuda de presos, que participam da produção de livros falados, impressão de livros em braile, maquetes e jogos adaptados. O objetivo é beneficiar a educação de deficientes e incluir socialmente os presos.

Destaque 2017

Neste ano, também foi premiada a prática “Meninas que educam”, desenvolvida pelo agente penitenciário Marcus Karbage e pela dentista Aline Cabral. O trabalho combate a discriminação de presos transgêneros, lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT) dentro e fora da cadeia. Inclui a alocação em área específica da penitenciária, realização de palestras em educação e saúde, atendimento médico, apoio religioso e grupos terapêuticos.

  


ENA/Unisc: Estão abertas as matrículas para a nova pós-graduação em Prática Avançada na Advocacia

Brasília – Estão abertas as matrículas para o novo curso de pós-graduação da ENA (Escola Nacional de Advocacia) e da Unisc (Universidade de Santa Cruz do Sul): Prática Avançada na Advocacia. O curso, com previsão de início para abril de 2018, tem como objetivo qualificar os profissionais do Direito para o aprofundamento de conhecimento jurídico e de outras áreas afins para operacionalização mais competente dos instrumentos profissionais.

Clique aqui para realizar a matrícula na pós-graduação

A pós-graduação lato-sensu em Prática Avançada na Advocacia é reconhecida pelo Ministério da Educação e administrada integralmente a distância, pela internet, em portal próprio da Unisc. São 370 horas-aula, desenvolvidas durante 18 meses. Os dois encontros presenciais ocorrem ao final do curso, para avaliação final e apresentação de TCC, e ocorrem em vários polos por todo o país.

O curso abordará quatro eixos temáticos: Advocacia avançada nos tribunais superiores; Aprimoramento técnico-prático no primeiro grau; Fundamentos teóricos e políticos da advocacia e do Poder Judiciário; e Gestão jurídica.

O curso foi lançado durante o XXIV Encontro Nacional da ENA e das ESAs, na XXIII Conferência Nacional da Advocacia Brasileira, realizada em São Paulo em novembro. Veja abaixo os objetivos da pós-graduação:

- Qualificar os profissionais do Direito pelo aprofundamento de conhecimento jurídico e de outras áreas afins para operacionalização mais competente dos instrumentos profissionais.

- Viabilizar um ambiente com a troca de experiências, pontos de vista e expectativas, que alie estudos teóricos e práticos, por meio de metodologia que permita contribuir para a diversidade de informações e concepções sobre o direito processual.

- Possibilitar o domínio de ramos do direito não trabalhados nos bancos universitários (os chamados “novos Direitos”) para proporcionar um diferencial aos estudantes da especialização em Prática Avançada na Advocacia, deixando-os em posição privilegiada no mercado de trabalho.

- Oportunizar momentos de vivências práticas, a partir da elaboração de peças processuais escritas e manifestações orais, tais como sustentações orais.

- Oferecer um sistema aprimorado de correção das avaliações das peças processuais e manifestações orais com vistas a emitir críticas construtivas que repercutam numa advocacia qualificada.