Brasília - Confira o artigo do presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, publicado nesta terça-feira (17), no jornal Correio do Povo de Porto Alegre-RS.
Alguma coisa está fora da ordem
Por Claudio Lamachia, advogado e presidente nacional da OAB
É fato que vivemos tempos de forte instabilidade política, econômica e social. Nessas horas o que se espera das instituições é que elas assumam o papel de defesa daqueles que justificam a sua própria existência, ou seja, o cidadão.
Não é novidade que a atuação das agências reguladoras de serviços tem o péssimo retrospecto de confundir seu papel, atuando inúmeras vezes como instrumento de defesa das corporações privadas em detrimento dos consumidores.
Estamos neste momento vivendo um episódio surreal em que a Agência Nacional de Aviação Civil promove uma absurda medida contra os consumidores, liberando as companhias aéreas a cobrar por bagagens despachadas, sob a alegação de que isso ocasionaria a redução do preço das passagens.
Não se enganem. Não há qualquer indicativo de que isso venha beneficiar os cidadãos, mas tão somente as companhias aéreas. E é justamente por isso que a OAB ingressou judicialmente contra a medida.
A única certeza é que os consumidores ficarão desprotegidos e coagidos a contratar o despacho das suas bagagens. Espera a agência que as companhias não utilizem esse mecanismo para justamente aumentar os seus lucros? Algo parece realmente muito fora da ordem lógica que deveria justificar a existência de uma agência que parece confundir seu papel institucional.
Outro exemplo é a possibilidade de perdão de aproximadamente R$ 100 bilhões às empresas de telecomunicações. É surreal que logo após o Congresso Nacional aprovar uma proposta orçamentária com déficit de R$ 139 bilhões, abra-se mão de valores de tamanho vulto, especialmente em benefício de gigantescas corporações reconhecidas por sua ineficiência no atendimento aos consumidores.
No momento em que o contribuinte enfrenta tantas dificuldades para fazer frente ao custo elevado das passagens aéreas e da telefonia, além do pedido do próprio governo de esforço econômico para toda a sociedade, não é possível abrir mão de recursos em favor das empresas de telecomunicações. Sobretudo sem o devido debate diante de tão delicado quadro político e econômico.
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Lamachia explica que o foco de atuação serão os presos que já cumpriram pena mas que continuam encarcerados por erro, os que já deveriam ter tido audiência de custódia para avaliar se precisam mesmo ficar detidos e os detidos provisoriamente com situação indefinida.
A Ordem já disponibiliza, em todo o país, advogados para atuar em favor das pessoas desprovidas de defesa. Eles são nomeados para atuar nos casos como advogados dativos e podem ser acionados nos postos da OAB dentro dos tribunais. A novidade do convênio, afirma o presidente da OAB, seria o mutirão para atuar, especificamente, nos casos que podem descongestionar o sistema prisional.
"Existem situações de injustiça motivadas por erros do sistema que precisam ser corrigidas. Além disso, a atuação concentrada dos advogados neste momento em que o sistema prisional entrou em colapso deve ajudar na busca por soluções", afirma Claudio Lamachia.
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