OAB apresenta o Plano de Combate à Corrupção a autoridades

Brasília – A OAB Nacional iniciou nesta segunda-feira (16) uma série de reuniões no Congresso Nacional, para a presentar o Plano de Combate à Corrupção, aprovado pelo Pleno da entidade. A primeira reunião ocorreu durante a sessão do Pleno da entidade, com o deputado Marcelo Castro, relator da Comissão Especial de Reforma Política da Câmara dos Deputados. “O combate à corrupção é uma das bandeiras históricas da OAB, que luta pelo fortalecimento das instituições republicanas”, afirmou o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho. Na terça-feira (17), às 11h, o encontro será com a presidente da República, Dilma Russeff.  Às 12h o encontro será com o líder do PSDB no Senado, senador Cassio Cunha Lima. Às 16h a reunião será com o Controlador –Geral da União, Valdir Simões. Às 17h a OAB estará reunida com o presidente da Comissão de Reforma Política da Câmara, deputado Rodrigo Maia. Confira abaixo as propostas do Plano de Combate à Corrupção: - Regulamentação da Lei 12.846, de 2013, denominada Lei Anticorrupção, que pune as empresas corruptoras. - Fim do financiamento empresarial em candidatos e partidos políticos, bem como estabelecimento de limites para contribuições de pessoas físicas. - Criminalização do Caixa 2 de campanha eleitoral. - Aplicação da Lei Complementar 135, denominada Lei da Ficha Limpa, para todos os cargos públicos. - Fortalecimento e ampliação de sistemas que façam a interligação de informações entre os órgãos responsáveis pela aplicação da lei anticorrupção e pela apuração do Caixa 2 de campanha eleitoral, a exemplo da Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), com a inclusão do sistema financeiro, órgãos de registro de propriedade, como cartórios, Tribunais de Contas, ABIN, Receita Federal e Polícia Federal. - Exigência do cumprimento fiel, em todos os órgãos públicos, da Lei de Transparência, proporcionando fácil acesso às informações. - Garantia da autonomia às instituições públicas que controlam e combatem a corrupção, como a Controladoria Geral da União, dotando-as de recursos humanos qualificados, com dotação orçamentária capaz de permitir a permanente fiscalização da aplicação dos recursos públicos, estabelecendo-se o mandato de quatro anos para o Controlador Geral. - Cumprimento da ordem cronológica no pagamento das contas públicas e fixação de critérios objetivos para as exceções previstas no artigo 5º da Lei 8.666, de 1993. - Instituição da existência de sinais exteriores de riqueza incompatíveis com a renda e o patrimônio como causa para perda do cargo público e bloqueio dos bens. - Redução drástica dos cargos de livre nomeação no serviço público, priorizando os servidores de carreira e concursados. - Aprovação de projetos de leis definidores de uma profissionalização da Administração Pública, com a redução extrema dos espaços ocupados por agentes não-detentores de cargos efetivos e concursados, sendo importante incorporar, nessas iniciativas, instrumentos voltados para: a) reduzir influências corporativas indevidas; b) definição de critérios objetivos para ocupação dos postos de direção por servidores de carreira; c) limitação de tempo para o exercício dessas funções de direção por ocupantes de cargos efetivos; d) definição de “quarentenas”, sem o exercício de cargos comissionados, depois da ocupação desses espaços por servidores concursados. - Valorização da Advocacia Pública, como instituição de Estado e não de governo, notadamente nas áreas de assessoria e consultoria jurídicas, constituindo um importantíssimo e efetivo instrumento de controle preventivo de desvios e ilícitos das mais variadas naturezas no âmbito da Administração Pública, conferindo-lhe autonomia administrativa e financeira para o regular exercício de suas funções. - Fortalecimento do sistema de controle interno e auditoria em todos os órgãos públicos, especialmente aparelhando de forma adequada a auditoria do Sistema Único de Saúde – DENASUS. - Estabelecimento de uma política nacional de cultura e educação, estimulando a conduta ética. A sociedade reclama dos Poderes Legislativo e Executivo a adoção de tais medidas. A conjugação entre a apuração profunda de todos os casos de malversação de recursos públicos, a reforma política, a mobilização popular e a implantação do Plano de Combate à Corrupção resultará no aperfeiçoamento das práticas administrativas e no amadurecimento do Brasil como República democrática.

OAB Nacional e Seccionais juntas na Semana de Combate à Corrupção

Brasília – O presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, reafirmou o engajamento dos presidentes de Seccionais e dos conselheiros federais da Ordem na Semana de Mobilização pelo Combate à Corrupção. A iniciativa, que ocorre entre os dias 23 e 29 de março, tem como objetivo a implementação em todo o país do plano de combate à corrupção aprovado pelo plenário em 2014. “Tal qual a bem-sucedida Semana de Valorização do Jovem Advogado, as Seccionais da OAB se envolverão nesta importante campanha da nossa instituição”, afirmou Marcus Vinicius. “O papel da OAB é dar vazão institucional às reclamações da sociedade. Neste momento, temos como dever de ofício, dada nossa missão como advogados, canalizar esse anseio pelo fim da chaga que é a corrupção, por meio de mudanças estruturais que combatam as suas causas.” Cada uma das 27 Seccionais da OAB terá independência para elaborar a programação da Semana de Mobilização pelo Combate à Corrupção. Na pauta das demandas da OAB está a implementação de medidas discutidas e aprovadas pelo Conselho Pleno da entidade, entre elas a criminalização do caixa 2 de campanha, o fim do investimento empresarial privado em partidos e candidatos, o fortalecimento de mecanismos de auditoria e controle e a valorização da advocacia pública, entre outros. Leia o Plano de Combate à Corrupção aqui. Nesta semana, a diretoria da OAB Nacional, juntamente com os presidentes das Seccionais, participará de uma série de audiências públicas em Brasília para difundir o plano de combate à corrupção da entidade. “A OAB tem força para mudar nosso país para melhor. Em 2013, fomos ao Congresso e conseguimos a aprovação da Lei Anticorrupção e o fim do voto secreto para cassação de mandatos. Não somos ‘longa manus’ de governo nem linha auxiliar de oposição: nosso único compromisso é com a defesa de causas que venham a melhorar o Brasil”, disse Marcus Vinicius.