Inaugurada nova Casa da Advocacia de Ilha Solteira

Na noite de quinta-feira (12/12), a cidade de Ilha Solteira (670 km da capital) ganhou uma nova Casa da Advocacia e da Cidadania.O novo espaço tem área construída de pouco mais de 300 metros quadrados, com salas apropriadas para o apoio ao trabalho dos advogados, bem como o atendimento à população local. A amplitude das salas e espaços – até mesmo a entrada da Casa, com ampla calçada – é destaque do projeto adotado para a construção, que ainda conta com um bom auditório para realização de palestras e cursos.

OAB Nacional fará vistoria no Presídio Central de Porto Alegre dia 23

Brasília – Com o título de pior casa prisional do país, o Presídio Central de Porto Alegre receberá na próxima segunda-feira (23) a vistoria do Conselho Federal da OAB e da seccional gaúcha. A vistoria, que será realizada em presídios de todo o país, sempre de forma conjunta com as seccionais, integram o programa de atuação da entidade, defendido pelo presidente Marcus Vinicius Furtado Coêlho ainda na sua posse, quando ressaltou a importância da atuação firme da entidade “na defesa dos direitos fundamentais, como o respeito às minorias e o enfrentamento de problemas como a superlotação carcerária, a prisão perpétua dos doentes mentais, o tráfico de pessoas e de escravos”. Juntamente com a Pastoral Carcerária, com o Ministério da Justiça e com a secretaria de Reforma do Judiciário, a Ordem busca a realização de mutirões para o atendimento de presos desassistidos. “O sistema carcerário como temos hoje não reabilita, não reeduca, tampouco trata a causa que levou o apenado ao crime. A sociedade não pode virar as costas ao drama dos presídios. O que fizermos para equacioná-lo terá, com certeza, reflexos positivos aqui fora. Partindo do pressuposto que a Constituição contém garantias explícitas para proteção da população encarcerada e procura reprimir os maus tratos, as torturas e as condições desumanas a que é submetida”, destacou Marcus Vinicius em artigo recente publicado no jornal O Globo. Na mesma linha de defesa dos direitos dos apenados, a Ordem atuou de forma fundamental pela sanção, em agosto deste ano, do projeto de lei da Câmara que institui o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (SNPCT). O projeto fortalece a prevenção e o combate à tortura, mediante a integração de órgãos e entidades públicas e privadas, por meio do monitoramento, da supervisão e do controle de estabelecimentos e unidades onde se encontram pessoas privadas da liberdade. Outra importante medida adotada pela Ordem em defesa dos réus é a PEC que torna o advogado indispensável no inquérito, medida que ganhou apoio inclusive da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) e da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol). "Ao investigado deve ser assegurado o direito de apresentar suas razões e requerer diligências, assistido por advogado", afirmou o presidente. “Contraria o Estado de Direito o cidadão tomar conhecimento apenas pela imprensa que está sendo investigado, sem direito a sequer ser ouvido e apresentar sua versão sobre os fatos. Por outro aspecto, com a aprovação do projeto, as pessoas pobres serão as mais beneficiadas, pois passarão a ser assistidos por defensores públicos ou advogados da assistência judiciária", destacou Marcus Vinicius. Além do Presídio Central de Porto Alegre (RS), as demais vistorias no restante do país serão divulgadas pelo Conselho Federal em seu site e por meio de suas mídias sociais, como o Twitter e o Facebook.

OEA atende OAB-MA e condena sistema carcerário maranhense

São Luiz (MA) - Após petição da OAB-MA e da SMDH em que pedia providências sobre a situação do sistema penitenciário do estado do Maranhão, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) determinou que o estado brasileiro adote medidas cautelares de modo a garantir a integridade dos detentos que cumprem pena no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. O comunicado à OAB maranhense sobre decisão da CIDH foi feito nesta terça-feira, dia 16, quando novas mortes de presidiários foram registradas naquela casa de detenção. De acordo com a CIDH, entre as medidas a serem adotadas estão a redução de forma imediata dos níveis de superpopulação de Pedrinhas, a investigação dos fatos que motivaram a adoção das medidas cautelares, evitando assim que novos casos sejam registrados. A Comissão solicitou, ainda, ao Governo do Brasil que informe no prazo de 15 dias a partir da data da resolução sobre as medidas cautelares adotadas e atualize as informações periodicamente. De acordo com o comunicado encaminhado à OAB-MA e à SMDH, a Comissão Interamericana constatou que as medidas adotadas pelo Governo do Estado para sanar os problemas no sistema penitenciário maranhense foram insuficientes, o que pode ser comprovado com o registro de novos assassinatos de detentos e novos atos de violência no âmbito do CPP. “A Comissão considera que não recebeu informação substancial sobre os esforços específicos das autoridades estatais para obter um controle efetivo do CPP”, relata a CDIH. “A Comissão considera que os direitos à vida e integridade pessoal dos internos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas se encontram em grave risco”, diz o comunicado. A CDIH levou em conta os casos de rebelião e mortes de presidiários ocorridos no mês de outubro. Somente neste ano, 47 detentos foram presos no complexo penitenciário do estado dos quais 17 somente no mês de outubro. OEA – Petição semelhante assinada em conjunto pela OAB-MA e pela SMDH foi protocolada junto à OEA, que em resposta às entidades maranhenses no mês de novembro recomendou ao Estado brasileiro “o desarmamento da população reclusa e os controles efetivos do ingresso de armas e outros objetos ilícitos; o incremento de pessoal destinado à segurança e vigilância interior; a redução dos níveis de lotação; a investigação e sanção dos atos de violência e corrupção que se registrem dentro dos centros penitenciários; e a prevenção das atividades das organizações criminais presentes nas prisões”. Fonte: Imprensa OAB-MA